quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ano Novo...em quê?

Não sou o tipo do sujeito pessimista, ou pelo menos acho que não, mas devo dizer, agora que o ano chega ao fim, que não vejo muito boas perspectivas para o ano que está por iniciar, principalmente no já tão esculhambado cenário político e econômico internacional. Já há pelo menos 20 anos que os USA vêm praticando os mesmos assaltos praticados pela Alemanha Nazista, com o apoio irrestrito da Igreja Católica e da falecida ONU e vejo um mundo totalmente apático diante disso. É necessário lembrar que, para invadir e dominar alguns países, os USA e seus capangas da OTAN realizaram campanhas militares que custam uma verdadeira fortuna aos seus cofres. Evidentemente que irão querer este montante de volta, multiplicado por dez. No entanto, eles sabem que nações como o Brasil, que tem por tradição a corrupção desde os mais altos escalões até o cidadão mais simples, não precisam ser invadidas. Basta que se dê a quantia certa ao corrupto certo, o que torna as coisas muito mais baratas. Ora, isto se torna mais evidente se nos perguntarmos o quê têm em comum o desmonte da extinta União Soviética e agora da Zona do Euro. Simples: CIA(que é o verdadeiro governo dos USA), as grandes corporações e o Vaticano, atuando juntas e com a graça de Deus(do Deus deles, claro). É possível que o Brasil venha a se deparar com um problema territorial muito sério...Quem lê, entenda. Tem-se falado tanto em globalização, em salvar o planeta, e mais uma série de baboseiras, mas o essencial eu não vejo: uma consciência planetária; sabermos que o que afeta a um afeta a todos inevitavelmente. A defesa do meio ambiente, bem como a proteção aos animais, que deveriam ser princípios, acabaram por serem transformados pelas mídias em modismos. Ora, para quem já assistiu a muitos modismos surgirem e desaparecerem, torna-se difícil levar isto a sério. É possível também que as coisas em termos de meio-ambiente, venham a ficar tão sérias, que tenhamos todos que agir para além dos modismos. Há poucas semanas, foi noticiado na mídia que o nosso planeta entrou numa fase crítica em que a Natureza já não consegue mais se recuperar ou repor o que está sendo extraído dela. Em outras palavras: estamos indo ladeira abaixo, e sem freio. Impressiona-me o cinismo e a irresponsabilidade com que os tecnocratas, governantes, políticos, etc, abordam este assunto. Ainda se recusam terminantemente a tocar em dois pontos cruciais desta questão: controle de natalidade e uma mudança radical e urgente no nosso modo de produção. Neste exato instante, todos ao redor do mundo já estão desejando um feliz ano novo uns aos outros, mas fica a pergunta para a qual todos fecham os olhos: ano novo em quê, se continuamos cometendo os mesmos erros? Nietzsche dizia que o que há de grande no homem é ser a ponte entre o animal e o Super-homem...Será novo sim, aquele ano em que o ex-macaco ainda aspirante a ser humano começar a fazer jus à posição que(dizem)lhe foi outorgada pelo criador. Por ora, só lhe resta rastejar de um a outro ano, na esperança de que este mesmo criador venha milagrosamente limpar a sua sujeira.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Filosofando XXI

Ter coragem não é não ter medo, mas fazer o que deve ser feito, mesmo que você esteja se borrando.

Jan Robba

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Prece mística

Ó presença divina, que és comigo antes mesmo que eu viesse ao mundo.
Tu, cujos poderes são incontáveis, cujos olhos e ouvidos jamais se fecham
e em cujas mãos tenho sido sempre bem sucedido.
Tu, que és a fonte de tudo o que há de bom em mim
e cuja proteção tem prolongado os meus dias.
Em ti é que eu vivo e viverei
mesmo depois que, pela tua vontade,
eu tenha que partir deste mundo.
ASSIM SEJA!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sobre as relações I

Não sei se alguém está capacitado a dizer em quê uma relação interpessoal pode ou deve se basear. Antes mesmo que uma pessoa, de dentro de uma relação, se pergunte sobre isto, ela já está de alguma forma colocada em relação a alguém, donde podemos concluir que isto se dá inconscientemente e que, portanto, os valores não precedem a relação. Os sentimentos talvez. Os valores talvez sirvam apenas como pretexto ou como uma explicação pretensamente racional para estarmos relacionados daquela forma e não de outra. Basear uma relação em valores(considerando que isto fosse possível) não a tornará melhor, assim como baseá-la em sentimentos não servirá como argumento para perdoarmos a nós mesmos pelas relações absurdas que na maioria das vezes vivemos.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sobre as drogas I

Costumo sempre me aventurar um pouco mais para além do que as aparências mostram e quem assim faz, corre sempre o risco de umas conclusões inesperadas, ou quase óbvias. Fala-se hoje muito na necessidade do combate às drogas, mas não vejo muita honestidade da parte dos que se pronunciam a respeito, ou mesmo dos que elaboram campanhas para este fim. Cabe aqui então tecer algumas considerações. Antes, porém, vou tentar oferecer uma definição coerente para as drogas:
"Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções". A questão de serem lícitas ou não não vem ao caso aqui, embora seja sabido que o uso de drogas lícitas seja generalizado, assim como o das denominadas psiquiátricas seja imensamente maior do que aparenta.
Antes mesmo que um bebê termine o seu desmame, é muito comum a mãe começar a lhe dar a mamadeira e, adivinhem o que tem no leite da mesma? Açúcar, que consta ser uma poderosa droga. Em outras palavras, a rigor já começamos a ser drogados pouco tempo depois de nascidos. E eu não vou extrapolar muito, afirmando que até dentro do útero isso acontece, mas os fatos apontam claramente para isso. Temos então a sequência açúcar>cafeína/nicotina/álcool (para a maior parte dos chamados "caretas").
Com a maconha as coisas se dão de modo diferente, pois trata-se de um droga sui generis: ela nem sempre vai proporcionar aquela viagem espetacular que se diz por aí. Ela pode comumente trazer à tona conteúdos inconscientes indesejáveis, e não é qualquer um que suporta o possível terror, em maior ou menor escala, desta experiência. Por conta disso, muitos fogem para o álcool e a cocaína, e daí para o resto da sequência de drogas cada vez mais pesadas. Considero injusta a afirmação tola divulgada pela mídia e até pelos órgãos de saúde pública de que a maconha leva ao uso de outras drogas. Aqueles que a apreciam ficarão nela a vida toda. Mais: fumar maconha e ter uma experiência tranquila e inspiradora pode ser para muitos uma conquista, e o preço muitas vezes pode ser o sujeito ter que enfrentar seus "demônios" interiores.
Disto tudo que coloquei aqui, fica claro que A NOSSA CIVILIZAÇÃO NÃO VIVE SEM DROGAS; É UMA CIVILIZAÇÃO QUE SÓ FUNCIONA A PODER DE DROGAS. Então, vem a pergunta: Por quê isso é assim? Qualquer antropólogo dirá que o uso de substâncias entorpecentes é algo feito segundo certos critérios na maioria das outras culturas, como os nossos indígenas, ou os indígenas mexicanos ou americanos. Logo, a necessidade do uso de drogas pode ser um indício de que há algo muito maior e mais nocivo por trás do modo de vida que levamos, e que os governos que falam em combate às drogas sem assumirem que a condição sine qua non para isto é uma mudança na raiz do próprio sistema são hipócritas e mentirosos.