segunda-feira, 15 de julho de 2019

Intercept

Há algumas décadas, pesquisadores reuniram fragmentos dos manuscritos que viriam a ser conhecidos como "Manuscritos do Mar Morto". Após um longo e paciente trabalho, esses manuscritos cuja autenticidade havia sido comprovada vieram a público, embora a Igreja negasse.
E continua a negar até hoje. O que eu quero dizer é que com o material que o Intercept vem divulgando acontece algo análogo. Sua autenticidade é comprovada, embora aqueles diretamente implicados nas falcatruas reveladas pelo mesmo neguem e, com eles, toda a direita, alegando que foi obtido por meios ilícitos.
Ora, tanto no que diz respeito à História, quanto à Ciência experimental ou ao Jornalismo, não faz o menor sentido falar em "prova ilegal". Uma prova não pode ser legal ou ilegal, mas autêntica ou inautêntica.
A partir disto podemos notar o flagrante malabarismo verbal de pelo menos dois membros da gang que tomou o poder no país, legítimos representantes desta era que bem se chama "Pós verdade".