Há certos dias, (ou certas fases, sei lá...) em que um marasmo monstruoso se abate sobre nós. Pensei que fosse o efeito do remédio, mas a última vez que o tomei foi na terça-feira. Nada a dizer, ninguém com quem conversar, sem ânimo até mesmo para me indignar. A Tv me alimenta através dos olhos, mas é como uma babá estúpida que dá uma coisa gostosa para comer, para que eu não chore...mas não é isso o que meu corpo precisa. Fico aqui pensando nas linhas do destino e vejo que estou por um fio. Ousei desafiar um monstro poderoso, implacável e inclemente chamado Way of life e parece que ele não perdoou. Mas até mesmo o sabor que ele tanto queria sentir ao moer meus ossos, eu não consigo dar. Minha indiferença tem um gosto amargo em sua boca. Lembro de uns versos meus:
"Vou chutando pedras
coisas corretas
é assim que vivo
tornando curvas
todas as retas..."
Tantos anos já se passaram e eu não perdi a mania de me levantar calado e sair de uma reunião de família onde o assunto ou é dinheiro ou é doença. Não tenho dinheiro e minhas doenças são tão pequenas, que até me envergonho. Todos os dias se tornaram segundas-feiras...
Toma um banho de mar, depois de cachoeira, come uma coisa gostosa e tira um bom cochilo numa rede que passa, rs.
ResponderExcluirMil beijos,
lu.
Vc se expressou da mesma forma que me sinto. As pessoas ao meu redor n pensam como eu. Queria uma outra de mim para fazer minhas vontade e está disponível para conversarmos sobre Ana Karenina e Ivan Ilitch.... Ás vezes, me sinto solitaária mesmo cercada por uma família maravilhosa. Como vc diz: Um marasmo de vida...Meus marasmo que deixa minha mente vazia e saudosa de um n sei o quê. Queria muito mudar isso... Mas nada me completa. Adoro escrever e estar com pessoas, mas até estar com pessoas está sendo um fardo. Queria tanto uma Montanha Mágica para me esconder e ter um objetivo nessa vida... Meu mararasmo minha vida, vc escreveu bem!
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