MATEUS 6.7-15(...)"Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha (a nós)o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém..."
Quem quer que leia este trecho e ocupe um pouco de seu tempo a perceber alguns detalhes do mesmo(o negrito não foi acidental), vai notar evidentemente que o autor usou o tempo inteiro a primeira pessoa do plural em vez da primeira do singular na sua petição. Resumindo: quem ora, não o está fazendo em seu próprio nome, mas em nome de um coletivo(nosso o quê ou quem?). O quê pode significar isto, ou a quê isto nos quer remeter? Certamente não é comunismo, como muitos pretenderam ver na doutrina do Cristo algumas décadas atrás. Vivemos numa época em que o individualismo e a competitividade(ideias que entram frontalmente em contradição com qualquer noção de grupo, sociedade, nação, mundo, enfim)são as palavras de ordem. Tem-se como modernos a competitividade e o individualismo. E a maior contradição salta aos olhos quando vemos que uma imensa maioria dos autômatos que são tidos como modernos se dizem cristãos. Em outras palavras, nem sabem o que estão dizendo quando oram. Esta concepção também possui outras implicações, como por exemplo, a de colocar em xeque o sujeito que ora. Se ele o faz na primeira do plural, ele poderá se ver na incômoda posição de pensar e decidir se o que ele quer para si ele quer para os outros também. Talvez com esta lição o mestre quisesse sutilmente mostrar que somos todos UM, que devemos despertar para esta realidade e que não há outro caminho...
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