sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Filosofando XLVI
Todos os meus ídolos, sem exceção, foram ou são marginais ou doidos. Poderia citar uma série deles aqui. Na época em que a minha inocência me permitia cantar o hino nacional com orgulho, meu sonho de consumo era ser um sujeito normal. Não demorou muito para que eu percebesse como as pessoas normais são desinteressantes, chatas. Não há possibilidade de criação na normalidade. Ser normal é uma das piores formas de insanidade.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Filosofando XLV
Crer é um ato de coragem, para o qual poucos humanos estão preparados. É por isso mesmo que quem crê procura convencer os outros, para afinal não se ver sozinho com a sua crença, um brinquedo quebrado nas mãos de uma criança mimada. Há porém os que fingem que crêem e trazem para si as multidões, oferecendo o conforto paradisíaco do consenso em troca dos seus dízimos. E não estou falando só de religião...
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Crônica do deserto
CRÔNICA DO DESERTO
(Jan Robba)
Tudo bem, e agora?
Nenhuma novidade mundo afora
Tudo está tão certo
que até neste deserto arde a solidão
No final da história
há sempre um certo lapso de memória
Perigo é estar tão certo
de consumir num beijo todo esse tesão
Tudo está por fora
O corpo, a casca, o frasco estão por fora
Perigo é estar por dentro
O medo está no centro do seu coração
Corre, não demora
Viver é não perder o "quem" da história
Com olhos bem abertos
fazer o que é certo e saber dizer não.
(Jan Robba)
Tudo bem, e agora?
Nenhuma novidade mundo afora
Tudo está tão certo
que até neste deserto arde a solidão
No final da história
há sempre um certo lapso de memória
Perigo é estar tão certo
de consumir num beijo todo esse tesão
Tudo está por fora
O corpo, a casca, o frasco estão por fora
Perigo é estar por dentro
O medo está no centro do seu coração
Corre, não demora
Viver é não perder o "quem" da história
Com olhos bem abertos
fazer o que é certo e saber dizer não.
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