quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um inquietante paradoxo

- Pula...pula...pula...
A pequena multidão que se aglomerara lá embaixo mostrava de quanto sadismo uma pequena multidão é capaz. Talvez as pequenas multidões não gostem de promessas vãs. Afinal, estava terminando o horário de almoço e as pessoas não têm a tarde inteira para ficarem ali esperando.
- Pula...pula...pula...
Ele se sentia um desgraçado. Não tinha coragem nem mesmo de pôr fim à própria existência. Pensava agora se, no fundo no fundo, não deveria era pular mesmo. "Afinal - pensou consigo mesmo - um sujeito que não é capaz nem mesmo de se matar, não tem o direito de continuar vivendo...".


(Jan Robba em:"O livro das esquisitices")

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