domingo, 24 de fevereiro de 2013
O fim do mundo II
Enganam-se aquelas pessoas que ainda conservam algum vestígio de bom gosto e que, ao ouvirem pela primeira vez(e última, se tiverem sorte) um funk pensam:“Chegamos ao fundo do poço”. Uma coisa que o tempo nos ensina é a não subestimarmos a capacidade humana de com frequência se rebaixar a níveis inferiores ao dos insetos e ir cada vez mais fundo nesta empreitada. E o pior...ainda sentir orgulho disso. A estas pessoas eu diria que não devem ser tão otimistas pois, com toda a certeza, coisas muito piores ainda estão por vir. Algo que honestamente não sei se me atormenta(me atormentaria bastante há algumas décadas)é pensar que o arsenal atômico de todos os países da Terra é capaz de desintegrar o nosso planeta umas 30 vezes. No entanto, vejo que milhares de guitarras não foram suficientes para mudar o mundo. E aqui vale um parêntese: eu digo "mudar o mundo", mas é no sentido de mudá-lo para melhor porque, para pior, sempre há, por exemplo, um idiota mal-nascido, travestido de carioca, armado de um equipamento de última geração e muito poucas sinapses, jogando nos ouvidos alheios o que, por uma óbvia questão de higiene, se joga na privada. Não satisfeito, junta-se em cima de um palco com mais algumas semi-analfabetas como ele mesmo, as quais, por evidente castigo, Deus brindou com uma bunda de dimensões inversamente proporcionais às do cérebro e uma indiscutível vocação para putas. E, no final, é isso: Não precisamos de asteróide algum para destruir o nosso planeta. Temos gente de sobra para fazê-lo.
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